Existe um pequeno grande livro chamado O Caibalion, que é o mais potente abridor de latas mental com que eu já me deparei. Ele é absurdamente simples e complexo ao mesmo tempo. Tudo faz sentido. Aos que se interessam por filosofia e o imaterial, recomendo-o entusiasticamente.
Nos últimos dias venho pensando bastante a respeito de um dos princípios da filosofia hermética, o Princípio do Ritmo:
"Este princípio contém a verdade que em tudo se manifesta um movimento para diante e para trás, um fluxo e refluxo, um movimento de atração e repulsão, um movimento semelhante ao do pêndulo, uma maré enchente e uma maré vazante, uma maré alta e uma maré baixa.
Existe sempre uma ação e uma reação, uma marcha e uma retirada, uma subida e uma descida. Isto acontece nas coisas do Universo, nos sóis, nos mundos, nos homens, nos animais, na mente, na energia e na matéria".
Como tudo, o humor oscila segundo o princípio do ritmo, como um pêndulo. Indo de uma polaridade a outra. Feliz - triste. Feliz - triste. Feliz - triste. Segundo Hermes Trismegisto não adianta querer parar o pêndulo, pois ele faz parte do funcionamento do Universo. A alquimia consiste em se elevar, estar acima do pêndulo e assim não ser afetado por seus ritmos e oscilações.
Delirei quando descobri que transformar chumbo em ouro é uma alegoria e que a verdadeira transmutação é mental. Decidi que queria ser uma hermetista, uma alquimista!
A felicidade é criada e reside na mente. Depende apenas de nós. Entretanto, quando as coisas ao nosso redor vão bem, estamos bem. Quando vão mal, estamos mal. De alguma maneira é preciso encontrar um ponto de equilíbrio, uma serenidade interna, um estar bem consigo mesmo que independe das circunstâncias externas.
É difícil, mas não impossível. Ainda quero ser uma alquimista...
5.4.04
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