23.5.03

Para começar

Para começar um blog, nada melhor do que alguns questionamentos (furados). Tipo:


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Pensamentos do dia:
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* Qual a utilidade de um blog?

* De onde vem a vontade de possuir um?

* É contagioso?

* Como sobreviver à exasperante exposição da intimidade íntima?


Ou ainda a questão primordial:

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* Por que raios eu decidi ter um blog?
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O que pra mim equivale à investigar o incognoscível, penetrar no infinito da mente cósmica, o todo pensante do qual somos meros pensamentos avulsos e microscópios que interagem. Equivale às eternas:


* Quem sou eu?

* De onde vim?

* O que estou fazendo aqui?

* Para onde vou?

* De que cor pinto meu cabelo desta vez?

* Pare o mundo agora que eu quero descer? Por favor?


Pensando bem, dentro dessa perspectiva faz todo sentido ter um blog. Meio que um diário de viagem através desse plano caótico em que estamos situados. Ou talvez, sendo (bem) mais sincera, uma tentativa de me situar dentro desse plano caótico que é a minha mente. Afinal, como já dizia Hermes Trismegisto, o que está em cima é como o que está em baixo. Se a mente cósmica é incognoscível, então a nossa mente nada cósmica o é também. No final das contas nos relacionamos com os outros e o universo para ver se eles refletem um pouco de nós mesmos, e dessa forma podemos tentar responder à mais importante das perguntas acima:

* Quem sou eu?

Ou seria:

* O que sou eu?

Ou ainda:

* Aonde eu quero chegar com esse cripticismo todo?


Não sei! Em verdade, em verdade vos digo: Eu não sei! Vai ver foi por isso que eu decidi escrever um blog. E assim, (não confunda com "E, assim") dividir minhas neuroses. A propósito, posso parar por aqui?


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Pare o blog que eu quero sair! E adeus até amanhã.
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